"É VICTOR!!!"

Ela sai correndo de casa gritando pelo nome do filho mais novo.

- É VICTOR! MEU DEUS, É VICTOR!

O desespero em sua voz indicava que o pior estava acontecendo.

Dentro de casa a sua filha mais velha, que jantava, viu tudo isso e se desesperou junto com a mãe:

- O que foi? O que aconteceu mãe? Mãe? MÃÃÃÃÃÃE!!!

Ela gritava incessantemente o nome de sua mãe, em busca de saber o que estava acontecendo. Quando viu que a mãe correra para rua logo imaginou: "Meu irmão está morto.".

Seu coração logo foi tomado pelo vazio, pelo pânico, pelo desespero... A saudade era instantânea! A dor da perda também. Tudo isso vindo como uma avalanche dentro dela. Saiu correndo pra rua aos gritos, desesperada, em busca de saber se seu irmão estava morto ou não.

Viu sua mãe na esquina da rua. Várias pessoas ao redor do carro em que seu irmão dirigia. E suas gritos ecoavam pela rua.

Uma velha amiga da família descera do carro para ajudá-la. Conseguira para ela um copo de água com açúcar.

Minutos depois outra amiga veio correndo e disse:

- Ele está bem! Não teve nada...

Veio, então, um alívio estranho, seguido de um choro compulsivo que indicava paz, porém aquela dor persistia. Parecia que ele estava mesmo morto. Graças a Deus não estava.

Nessa mesma noite seu pai, minutos depois, lhe fizera um agrado. Mostrara pra ela um ovo de páscoa e dissera: "Comprei pra você...".

Eles estavam em paz de novo.